Em 2 dias, manifestações no Peru deixam ao menos 7 mortos

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Desde domingo 11, quando os protestos contra a situação política no Peru se intensificaram, pelo menos sete pessoas morreram. Duas mortes, de dois adolescentes, foram registradas no domingo, em uma manifestação em Andahuaylas, na Província de Apurimac.

Na segunda-feira 12, mais cinco pessoas morreram, incluindo três adolescentes, de 15 e 16 anos, de acordo com o gabinete do Ministério da Justiça do Peru. “Registramos sete mortes desde domingo”, informou o órgão, acrescentando que as vítimas foram mortas a tiro.

A instabilidade cresceu no país depois de quarta-feira 7, quando o ex-presidente Pedro Castillo tentou dar um golpe, mas teve o mandato cassado pelo Congresso e acabou preso. Agora, os manifestantes querem a renúncia imediata da nova presidente, Dina Boluarte, que assumiu na quarta-feira. Ainda na manhã de segunda-feira 12, ela declarou que anteciparia as eleições de 2026 para abril de 2024, o que não foi suficiente para acalmar os ânimos.

Na segunda, manifestantes invadiram diversos locais, incluindo o Aeroporto de Arequipa, a segunda maior cidade do Peru, onde uma pessoa morreu. A pista foi bloqueada, a iluminação foi cortada e o aeroporto parou de funcionar. Policiais retiraram os manifestantes usando gás lacrimogêneo.

As outras quatro pessoas foram mortas durante uma marcha, reprimida pela polícia antimotim, na cidade de Chincheros, na região de Apurimac, local de nascimento de Dina Boluarte, no sudeste do país.

A sede da emissora de TV Panamericana, em Lima, também foi invadida na segunda-feira. Segundo o Ministério da Justiça, 32 civis e 24 agentes de segurança ficaram feridos nos confrontos.

Com a intensificação dos protestos, a presidente decretou, na segunda-feira, o estado de emergência por 60 dias em sete Províncias da região de Apurimac.

O Executivo procura manter a “ordem interna” nas Províncias de Abancay, Andahuaylas, Chincheros, Grau, Cotabambas, Antabamba e Aymaraes, com o trabalho conjunto da Polícia Nacional Peruana (PNP) e das Forças Armadas, de acordo com o regulamento publicado no jornal oficial El Peruano.

O escritório do Alto-Comissariado da ONU para os Direitos Humanos declarou estar “profundamente preocupado com a possibilidade de escalada da violência”. “Dado o número de protestos, incluindo greves, planejados para esta semana, pedimos a todos os envolvidos que exerçam a moderação”, afirmou a organização, em nota.

Revista Oeste

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