“Indústria precisa retomar o protagonismo”, diz Alckmin ao tomar posse como ministro

   Foto: Rafaela Felicciano

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, é empossado ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, na manhã desta quarta-feira (4/1), no Palácio do Planalto. A cerimônia estava prevista para as 11h, mas começou às 11h24 por causa de filas para entrar na sede do governo federal, em Brasília. Ela é transmitida on-line.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a primeira-dama do Brasil, Janja, e ministros participam da solenidade.

Na prática, a pasta tem como função promover o desenvolvimento industrial do país, contribuindo para o crescimento econômico por meio da intensificação do comércio exterior e do fortalecimento do mercado interno.

“Determino que sejamos claros quanto aos nossos propósitos. Hora de união e reconstrução. O esforço de reindustrializar o Brasil e de aperfeiçoar nossa indústria e incluir os trabalhadores na economia não são tarefas episódicas, mas obra de todo o governo comprometido com o futuro melhor e justo para o povo”, afirmou Alckmin.

“Depois de quatro anos de descaso e má-gestão e de desalinho com os problemas brasileiros, o presidente Lula, com acerto, determinou a recriação do ministério como uma medida fudamental para o Brasil retomar o caminho para o desenvolvimento. A reindustrialização é essencial para que possa ser retomado o desenvolvimento sustentável e a justiça social. A indústria precisa retomar o protagonismo, expandido a participação no PIB”, acrescentou.

Currículo
Natural de Pindamonhangaba (SP), Alckmin começou a trajetória política como prefeito (1977-1982) e vereador de sua cidade natal (1973-1977). Em seguida, foi deputado estadual (1983-1987) e deputado federal (1987-1995).

Governou São Paulo em quatro ocasiões. Na primeira (entre 2001 e 2002), foi alçado de vice a governador após a morte do então titular, Mário Covas. Depois, elegeu-se governador para o mandato de 2003 a 2006 e, posteriormente, comandou o estado em outros dois períodos: de 2011 a 2015 e de 2015 a 2018.

Alckmin e Lula enfrentaram-se no segundo turno da eleição presidencial de 2006, quando Lula se reelegeu. Ele também foi, entre 2017 e 2019, presidente nacional do PSDB, partido pelo qual esteve filiado por 33 anos.

O ex-tucano também disputou a eleição presidencial de 2018, ficando em quarto lugar, com 4,7% dos votos válidos.

Vice-presidente e ministro
Durante todo o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o então vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), não acumulou funções e apenas comandava o Conselho Nacional da Amazônia (Cnal).

O ex-tucano, no entanto, será ministro e vice-presidente ao mesmo tempo, o que não é uma novidade em governos petistas. Alckmin será o terceiro vice a assumir um ministério, o segundo em um governo Lula. Na primeira vez, o então vice de Lula, José Alencar, foi ministro da Defesa, de 2004 a 2006.

Em 2015, quando o governo Dilma Rousseff já se via ameaçado pelo impeachment, o vice Michel Temer (MDB) comandou a Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo, por um breve período (entre abril e agosto).

Com o acúmulo de funções, Alckmin terá papel importante com setores do empresariado e do agronegócio, devendo também ser um ponto de apoio na articulação com militares, em diálogo com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Metrópoles

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