No caso da “chacina da família” mais dois suspeitos são detidos nesta 3ª pela PCDF

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Mais dois suspeitos de participação na chacina que envolve o desaparecimento de 10 pessoas de uma mesma família do Distrito Federal foram detidos na noite desta terça-feira (24/1). Os dois, um adulto e um adolescente de 17 anos, foram apresentados na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), por volta das 21h.

Três homens acusados pelo crime já estavam presos. Carlomam dos Santos Nogueira, 26 anos, considerado o quarto suspeito, segue foragido. Durante as apurações, a PCDF localizou impressões digitais de Carlomam no cativeiro e no carro de uma das vítimas.

Mais cedo, também nesta terça, a PCDF identificou que os corpos encontrados carbonizados em um carro na BR-251 na cidade de Unaí (MG), em 14 de janeiro, são de Renata Juliene Belchior, 52 anos, e Gabriela Belchior de Oliveira, 25, respectivamente, esposa e filha de Marcos Antônio Lopes de Oliveira, 54.

Com isso, agora, passam a ser nove mortes entre as 10 pessoas de uma mesma família que desapareceram no Distrito Federal. A informação, adiantada pelo Metrópoles, foi confirmada em coletiva de imprensa pela médica-legista e diretora do Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte (MG), Naray Jesimar Aparecida Paulino.

Mantidas em cativeiro
Renata e Gabriela são as duas vítimas que foram mantidas por duas semanas num cativeiro em Planaltina. Segundo o depoimento de Fabrício Silva Canhedo, 34, um dos presos, elas ficavam vendadas e amarradas.

Fabrício relatou ter recebido R$ 2 mil pelo serviço. Ele disse que fazia comida, vigiava e levava as vítimas ao banheiro, mas voltava à noite para casa.

Ainda de acordo com o vendedor, Gideon e Horácio Barbosa, os outros suspeitos pelo crime, ficavam no cativeiro e dormiam no local. Os dois falavam com pessoas ao telefone, dizendo que estava tudo certo, mas Fabrício disse não saber quem era do outro lado da ligação.

No depoimento Fabrício afirmou ter ficado por duas semanas cuidando de Renata e Gabriela no cativeiro. O documento não esclarece mais detalhes, mas reportagem anterior do Metrópoles mostrou que os criminosos usavam os celulares das vítimas se passando por elas e dando uma falsa aparência de que estaria tudo bem.

“Reforça a nossa segunda linha de investigação, de que a família tenha sido morta para que os criminosos ficassem com o dinheiro das vítimas. A família foi levada ao cativeiro, onde podem ter sofrido violência e ter sido obrigada a fornecer senhas, contas bancárias e outros dados pessoais. Depois, mataram um por um”, disse o delegado.
PCDF não descarta novos envolvidos
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) não descarta o envolvimento de novas pessoas na chacina contra 10 membros de uma mesma família do DF.

O delegado Ricardo Viana, chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), responsável pelo caso, usou a analogia de uma “casa escura” para definir os próximos passos da investigação.

“A polícia abre um cômodo, acende a luz, tem que afastar vários móveis para chegar no próximo. Não descarto nada do que pode vir”, disse.

Metrópoles

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