Goiás tem menor percentual de crianças sem registro de nascimento da série histórica

   Foto Ilustração

Goiás alcançou uma diminuição significativa no número de crianças sem registro de nascimento, segundo apontou a mais recente pesquisa “Estatísticas do Registro Civil” do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados apontam uma redução de 1,47% em 2021 para 1,42% em 2022, marcando o menor índice desde o início da série histórica em 2015. O número representa um avanço de 0,95 ponto percentual na erradicação do sub-registro de nascimentos no estado.

De acordo com o estudo, dos 90.331 nascimentos ocorridos em Goiás em 2022, 1.282 crianças não foram registradas dentro do prazo estabelecido por lei, que é até março do ano seguinte ao nascimento. Em comparação, em 2015, no início da série histórica, estima-se que cerca de 2.4 mil recém-nascidos goianos não foram registrados.

O registro de nascimento, essencial para a identidade civil da criança, é um procedimento gratuito realizado nos Cartórios de Registro Civil. Além de ser um direito básico, o registro garante acesso a serviços essenciais, como educação, saúde e reconhecimento legal de identidade. Desde 2015, o CPF também é emitido gratuitamente durante o registro de nascimento.

“O registro de nascimento é o primeiro passo para garantir os direitos fundamentais de cada criança. O avanço registrado em Goiás é fruto de esforços conjuntos, refletindo não apenas uma mudança estatística, mas sim um compromisso com a cidadania e o reconhecimento da importância de cada indivíduo desde o seu nascimento”, relata Evelyn Valente, presidente da Arpen/GO.

Em uma análise regional, o Sul apresenta o menor índice de sub-registro, com 0,21%, seguido pelo Sudeste, 0,35%, Centro-Oeste, 1,21%, Nordeste, 1,66% e Norte, 5,11%.

Entre os estados brasileiros, o Paraná destaca-se com apenas 0,17% de crianças sem registro, enquanto Roraima apresenta o maior índice, com 14,2%. No Centro-Oeste, o Distrito Federal lidera com 0,27%, seguido por Mato Grosso do Sul (0,83%), Goiás (1,42%) e Mato Grosso (1,71%).

A pesquisa, baseada em técnicas estatísticas do IBGE, estima o total de nascimentos no país em um determinado ano e compara com os registros civis, notificações do Ministério da Saúde e informações do próprio Instituto.

A legislação federal estabelece que o registro de nascimento deve ser feito dentro de 15 dias, podendo ser estendido em locais distantes da sede do cartório.

Caso o prazo seja ultrapassado, não há multa, mas os pais devem providenciar o registro o quanto antes, podendo apresentar-se no Cartório de Registro Civil com documentos comprobatórios. Se a criança tiver mais de 12 anos, o pedido pode ser submetido a uma entrevista com o oficial do cartório.

Com informações do Jornal Opção/Diário Atual

Leia Também

Unidade vai funcionar por meio de encaminhamentos feitos pelo Complexo Regulador Estadual para casos…
Unidade vai funcionar por meio de encaminhamentos feitos pelo Complexo…
Os agentes vivenciaram ambientes hostis, dificuldade de deslocamento e um cenário apocalíptico enquanto auxiliavam…
Os agentes vivenciaram ambientes hostis, dificuldade de deslocamento e um…
A avaliação da administração do líder do União Brasil é de 85% entre as…
A avaliação da administração do líder do União Brasil é…