Entre cinco nomes colocados em jogo para a cadeira de Ricardo Lewandowski no Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin é o mais cotado para essa disputa. Ele é um dos responsáveis pela volta à vida política de atual presidente Lula.
Nesse quesito, Zanin está um passo à frente, pela proximidade com Lula. A relação interpretada como personalística, porém, pesa desfavoravelmente ao advogado do petista, considerando a opinião pública e aliados no Congresso, pondera outra fonte. “Há um risco diante de dois potenciais problemas: ressurgimento da popularidade de Sergio Moro (ex-juiz da Lava-Jato) e o fato de Zanin ser impedido de julgar processos relacionados à Lava-Jato e à Vaza-Jato, que serão redistribuídos por sorteio”, adensa.
“Zanin no STF é um palanque para Moro. Há uma preocupação da bancada do PT, que vê que o senador vai querer investir no discurso de que o presidente não é um estadista, dando um drible em Lula. Moro está apenas esperando”, destaca uma das fontes. No Supremo, a Reclamação 43.007, da Lava-Jato, tem peças relacionadas a Rodrigo Tacla Duran, responsável por acusações a Moro (senador pelo União Brasil-PR) e Deltan Dallagnol (deputado pelo Podemos-PR), e anulação das provas da Odebrecht. Uma das últimas decisões de Lewandowski como ministro, no dia 10 deste mês, foi a de suspender duas ações penais da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, que atingem Duran.
Com informações do Diário Atual/Redação